
O trabalho remoto deixou de ser exceção. Resultado: imóveis com área flexível — um quarto a mais, varanda ampla ou um cantinho silencioso — ganharam relevância e preço. Não é moda passageira; é mudança de uso que mexe no valor por m² e na liquidez.
1) Por que o “espacinho a mais” vale tanto
Produtividade exige luz natural, acústica e privacidade. Um cômodo extra permite portas fechadas, reuniões sem ruído e rotina organizada. Na locação, isso amplia o público (casais que trabalham de casa, freelancers, famílias com estudo remoto), reduz vacância e sustenta aluguel maior.
2) Quais áreas viram ouro
3) O que compradores e inquilinos procuram
Tomadas em posições estratégicas, internet cabeada (ou dutos prontos), persianas que controlam brilho, isolamento entre sala e office e planta eficiente (pouco corredor, mais área útil). Condomínios com salas de reunião e coworking somam pontos.
4) Como capturar valor no usado
Pequenas intervenções geram grande retorno: fechar varanda, instalar porta acústica, criar marcenaria sob medida e iluminação dimerizável. Fotografe e anuncie com foco no “cenário de trabalho”: mostre bancada, ergonomia e medição de ruído/luz quando possível.
5) Precificação e liquidez
Unidades com espaço dedicado a home office tendem a vender mais rápido e aceitar menor desconto na negociação. Não é sobre metros a mais, e sim metade útil: a planta que entrega dois usos (morar + trabalhar) vale prêmio.
6) Riscos e limites
Cuidado com fechamentos irregulares, ventilação comprometida e obras que sacrificam iluminação. Regularize intervenções e preserve a salubridade do ambiente.
7) Regra prática para 2025
Se o imóvel oferece um ambiente de trabalho real, sinalize isso no preço e no anúncio. Se não oferece, avalie o custo de criar esse espaço — muitas vezes o payback vem na primeira negociação de venda ou em poucos meses de aluguel.
Conclusão
O home office elevou o valor dos imóveis que entregam flexibilidade. Quem compra para morar ganha qualidade de vida; quem investe colhe renda maior e vacância menor. Espaço extra deixou de ser luxo: virou diferencial econômico.